Recidiva de neoplasia gástrica na anastomose gastrojejunal

"Doente com antecedentes de carcinoma gástrico. 
 Tem recidiva na anastomose gastrojejunal. 
 Sei que isto existia no Portal...
 Codifico carcinoma gástrico C16.8?"

(Responde Fernando Lopes)
 
 
Não tenho a certeza de que este assunto constasse nas páginas do Portal da Codificação.
Falámos dele, no entanto, no Seminário Codificação Clínica de 10-10-2015:
 
Recidiva de neoplasia gástrica na anastomose esófago-jejunal
• As recidivas do tumor no local de origem classificam-se como primárias: o órgão mantém-se
• Se a recidiva é no local da ressecção (o órgão não existe) classifica-se neoplasia secundária dos tecidos circundantes (retroperitoneu, por exemplo)
• A recidiva numa anastomose codifica-se como primária se tiver ficado parte do órgão atingido (estômago) e como secundária dos órgãos anastomosados (esófago e jejuno neste caso)
 
É uma tomada de posição que me parece pacífica mas que não aparece especificamente mencionada nas instruções da ICD-10-CM, nas Guidelines ou no Coding Clinic, onde, sobre recidivas, o que aparece é o seguinte:
 
Exemplos de codificação de recidivas no Coding Clinic
• Recorrência de meduloblastoma do SNC em ambos os hemiférios e no cerebelo:
  - codificar neoplasia maligna primária do cérebro, outros locais
• Recorrência de carcinoma espinocelular da cavidade oral / orofaringe:
  - codificar neoplasia maligna primária da orofaringe
• Recorrência ou metástases de neoplasia da mama:
  - codificar neoplasia maligna primária (recorrência) ou secundária (metástases);
• Recidiva de carcinoma renal versus carcinoma renal metastático no retroperitoneu:
  - codificar neoplasia maligna primária versus metástase
 
 
Fernando Lopes