Doente falecidos cuja risco de mortalidade (do GDH) era baixa
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Doente falecidos cuja risco de mortalidade (do GDH) era baixa
"Na qualidade de auditora fui encarregue pelo conselho de administração de rever processos de pacientes que faleceram, mas cuja probabilidade de morte era baixa. Encaixam no alerta 960 - episódio agrupado em risco de mortalidade 1 ou 2 e com destino após a alta falecido.
Estive a rever esses processos, que são de neurologia, e a grande maioria dos pacientes entram com diagnóstico principal (DP) de aftercare após cirurgia do sistema nervoso (códigos Z48.811 ou código Z48.89).
Nestes casos o DP é aftercare e é necessário escrever qual a causa que motivou a transferência do doente para neurocirurgia e outras intercorrências havidas no outro hospital ?
Eu acho que não mas pedem-me para eu ver se com isso se altera o GDH"
(Responde Fernando Lopes)
O risco de mortalidade, de modo idêntico ao que acontece com o nível de severidade, é devolvido pelo agrupador juntamente com o GDH e baseia-se, obrigatoriamente (entre outras coisas), nos diagnósticos codificados.
Se um doente não tem diagnósticos adicionais de comorbilidade o risco de mortalidade será mais baixo e a existência de vários diagnósticos de comorbilidade e de complicações fá-lo-á aumentar.
Pode ser útil rever os episódios assinalados com este alerta porque poderão corresponder a falhas de documentação e/ou de codificação.
Nas transferências de doentes de outro hospital o diagnóstico principal obedece à definição geral (o que justificou a admissão) e os diagnósticos adicionais serão todos aqueles não tratados no hospital de proveniência e outros que surjam depois da admissão. É evidente que as intercorrências havidas no outro hospital, se tratadas, não se codificam.
O diagnóstico principal não é, obrigatoriamente, o de cuidados posteriores (aftercare). Por exemplo, um traumatizado de crânio, operado por neurocirurgia, poderá ser transferido por uma fratura do fémur, não tratada, e esse ser o diagnóstico principal no hospital de destino.
Existem muitas situações de doentes observados ou tratados parcialmente a uma doença ou lesão que vai ser submetida a tratamento ativo no hospital de destino.
Os cuidados posteriores (aftercare) estão definidos na ICD-10-CM:
Categories Z40-Z53 are intended for use to indicate a reason for care. They may be used for patients who have already been treated for a disease or injury, but who are receiving aftercare or prophylactic care, or care to consolidate the treatment, or to deal with a residual state.
A aplicação destes códigos implica que:
- o doente já foi tratado duma doença ou lesão
- a admissão é para consolidar o tratamento ou para tratar de estados residuais.
Nem todos os doentes transferidos se enquadram nesta definição de cuidados posteriores.
Fernando Lopes
Estive a rever esses processos, que são de neurologia, e a grande maioria dos pacientes entram com diagnóstico principal (DP) de aftercare após cirurgia do sistema nervoso (códigos Z48.811 ou código Z48.89).
Nestes casos o DP é aftercare e é necessário escrever qual a causa que motivou a transferência do doente para neurocirurgia e outras intercorrências havidas no outro hospital ?
Eu acho que não mas pedem-me para eu ver se com isso se altera o GDH"
(Responde Fernando Lopes)
O risco de mortalidade, de modo idêntico ao que acontece com o nível de severidade, é devolvido pelo agrupador juntamente com o GDH e baseia-se, obrigatoriamente (entre outras coisas), nos diagnósticos codificados.
Se um doente não tem diagnósticos adicionais de comorbilidade o risco de mortalidade será mais baixo e a existência de vários diagnósticos de comorbilidade e de complicações fá-lo-á aumentar.
Pode ser útil rever os episódios assinalados com este alerta porque poderão corresponder a falhas de documentação e/ou de codificação.
Nas transferências de doentes de outro hospital o diagnóstico principal obedece à definição geral (o que justificou a admissão) e os diagnósticos adicionais serão todos aqueles não tratados no hospital de proveniência e outros que surjam depois da admissão. É evidente que as intercorrências havidas no outro hospital, se tratadas, não se codificam.
O diagnóstico principal não é, obrigatoriamente, o de cuidados posteriores (aftercare). Por exemplo, um traumatizado de crânio, operado por neurocirurgia, poderá ser transferido por uma fratura do fémur, não tratada, e esse ser o diagnóstico principal no hospital de destino.
Existem muitas situações de doentes observados ou tratados parcialmente a uma doença ou lesão que vai ser submetida a tratamento ativo no hospital de destino.
Os cuidados posteriores (aftercare) estão definidos na ICD-10-CM:
Categories Z40-Z53 are intended for use to indicate a reason for care. They may be used for patients who have already been treated for a disease or injury, but who are receiving aftercare or prophylactic care, or care to consolidate the treatment, or to deal with a residual state.
A aplicação destes códigos implica que:
- o doente já foi tratado duma doença ou lesão
- a admissão é para consolidar o tratamento ou para tratar de estados residuais.
Nem todos os doentes transferidos se enquadram nesta definição de cuidados posteriores.
Fernando Lopes
amaral bernardo- Mensagens : 322
Data de inscrição : 19/12/2016
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